“Não permitiremos que o governo crie esta usina e quaisquer outros projetos que afetem as terras, as vidas e a sobrevivência das atuais e futuras gerações da Bacia do Xingu”
Nós, os 700 participantes do seminário “Territórios, ambiente e desenvolvimento na Amazônia: a luta contra os grandes projetos hidrelétricos na bacia do Xingu”; nós, guerreiros Araweté, Assurini do Pará, Assurini do Tocantins, Kayapó, Kraô, Apinajés, Gavião, Munduruku, Guajajara do Pará, Guajajara do Maranhão, Arara, Xipaya, Xicrin, Juruna, Guarani, Tupinambá, Tembé, Ka’apor, Tupinambá, Tapajós, Arapyun, Maytapeí, Cumaruara, Awa-Guajá e Karajas, representando populações indígenas ameaçadas por Belo Monte e por outros projetos hidrelétricos na Amazônia; nós, pescadores, agricultores, ribeirinhos e moradores das cidades, impactados pela usina; nós, estudantes, sindicalistas, lideranças sociais e apoiadores das lutas destes povos contra Belo Monte, afirmamos que não permitiremos que o governo crie esta usina e quaisquer outros projetos que afetem as terras, as vidas e a sobrevivência das atuais e futuras gerações da Bacia do Xingu.
Durante os dias 25 e 26 outubro de 2011, nos reunimos em Altamira para reafirmar nossa aliança e o firme propósito de resistirmos juntos, não importam as armas e as ameaças físicas, morais e econômicas que usaram contra nós, ao projeto de barramento e assassinato do Xingu.
Durante esta última década, na qual o governo retomou e desenvolveu um dos mais nefastos projetos da ditadura militar na Amazônia, nós, que somos todos cidadãos brasileiros, não fomos considerados, ouvidos e muito menos consultados sobre a construção de Belo Monte, como nos garante a Constituição e as leis de nosso país, e os tratados internacionais que protegem as populações tradicionais, dos quais o Brasil é signatário.
Escorraçadas de suas terras, expulsas das barrancas do rio, acuadas pelas máquinas e sufocadas pela poeira que elas levantam, as populações do Xingu vem sendo brutalizadas por parte do consórcio autorizado pelo governo a derrubar as florestas, plantações de cacau, roças, hortas, jardins e casas, destruir a fauna do rio, usurpar os espaços na cidade e no campo, elevar o custo de vida, explorar os trabalhadores e aterrorizar as famílias com a ameaça de um futuro tenebroso de miséria, violência, drogas e prostituição. E repetindo assim os erros, o desrespeito e as violências de tantas outras hidrelétricas e grandes projetos impostos à força à Amazônia e suas populações.
Armados apenas da nossa dignidade e dos nossos direitos, e fortalecidos pela nossa aliança, declaramos aqui que formalizamos um pacto de luta contra Belo Monte, que nos torna fortes acima de toda a humilhação que nos foi imposta até então. Firmamos um pacto que nos manterá unidos até que este projeto de morte seja varrido do mapa e da história do Xingu, com quem temos uma dívida de honra, vida e, se a sua sobrevivência nos exigir, de sangue.
Diante da intransigência do governo em dialogar, e da insistência em nos desrespeitar, ocupamos a partir de agora o canteiro de obras de Belo Monte e trancamos seu acesso pela rodovia Transamazônica. Exigimos que o governo envie para cá um representante com mandado para assinar um termo de paralisação e desistência definitiva da construção de Belo Monte.
Altamira, 27 de outubro de 2011
sexta-feira, 28 de outubro de 2011
segunda-feira, 24 de outubro de 2011
Mind F#$%!!! (Halloween Post)
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Mind Fuck: Grave Robber
When you see it, you'll shit brix!
sexta-feira, 14 de outubro de 2011
Aranha de Jardim
Esta aranha é, aparentemente, um macho de Lycosa erythrognatha. Ela é muito comum no Brasil, mesmo em áreas urbanas. Seu veneno não é lá muito perigoso, mas pode causar dor local semelhante a uma queimadura com vermelhidão e muito raramente necrose da pele. Devido à frequência dos acidentes, é considerada uma espécie de importância médica. Seja como for, não há motivos para se matar um animalzinho desses, até por que é um animal benéfico, que se alimenta de criaturas nocivas, como moscas, mosquitos e baratas. Algumas referências na internet a chamam de tarântula de jardim, porém, o BugGuide parece considerar um grande erro chamá-las de tarântulas, pois estão separadas na infraordem. Outros nomes comuns são aranha-lobo e aranha-de-grama.
Este indivíduo da foto eu encontrei no alto, entre a parede e o teto (primeirra foto). Na tentativa de capturá-la, ela desceu e conseguiu entrar na máquina de lavar roupas fechada, onde foi fácil capturá-la e devolvê-la à natureza.ps.: Se você curte este assunto, não deixe de visitar o meu projeto: Insetologia - Identificação de Insetos.
terça-feira, 11 de outubro de 2011
Dia das Crianças 2011: Socialitezinhas!!!
Por favor, leiam essa merda:
12 de Outubro, dia da criança (mais uma datinha capitalista)
“E, na verdade, toda a correção, ao presente, não parece ser de gozo, senão de tristeza, mas depois produz um fruto pacífico de justiça nos exercitados por ela” (Hebreus 12:11)
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